Formada em 2005, na cidade do Rio de Janeiro, o Lacerated And Carbonized é uma banda que vem se destacando no cenário nacional e internacional. Formada por Jonathan Cruz (vocal), Caio Mendonça (guitarra), Paulo Doc (baixo) e Victor Mendonça (bateria), a banda executa um death metal visceral e direto ao ponto. Nesta entrevista, o guitarrista Caio Mendonça responde algumas perguntas para a Roadie Metal. Confiram:
Olá, Caio. Tudo certo? Gostaria de lhe apresentar questões que não são lá as mais convencionais. A primeira é: quais são os seus objetivos com o Lacerated And Carbonized e quais as suas pretensões como artista?
Caio – Enquanto compositor, meu objetivo principal é fazer com que o maior número possível de pessoas conheça e se identifique com a música do LAC. Essa ligação com o público, que começa na música, se completa nos shows e turnês, quando encontramos pessoalmente os fãs. Como sempre fomos uma banda do palco, da estrada, vamos continuar compondo e fazendo turnês cada vez maiores.
Como funciona o processo de composição do Lacerated And Carbonized?
Caio – As músicas do LAC começam na guitarra. Eu trago para os ensaios alguns riffs e sequências principais e juntos damos prosseguimento na música. Todos colaboram opinando e retocando as músicas. A gente só lança um material 100% aprovado por todos da banda. Depois da estrutura montada, o Jonathan cria algumas linhas de voz e o Paulo começa a trabalhar nas letras.
O Lacerated And Carbonized é uma banda que tem feito turnês internacionais. A banda é brasileira e tem tocado tanto em países de terceiro mundo como em países ditos como desenvolvidos. Tendo você conhecido ambas as realidades, elenque os aspectos que você acredita que devem ser melhorados e que podem fazer a diferença no cenário metal nacional.
Caio – A principal diferença que vejo lá fora é o profissionalismo. Na gringa, você tem toda uma estrutura consolidada, com profissionais de diferentes áreas vivendo do Metal. Eu vejo uma melhora no Brasil, mais ainda estamos longe do ideal.
De certo tempo para cá, o mercado da música em geral mudou em diversos aspectos. Como você vê a atual situação do mercado para bandas como o Lacerated And Carbonized?
Caio – O mercado musical ainda está em transição, mas não adianta lutar contra a maré, pois o antigo sistema de gravadoras injetando um alto orçamento não vai voltar. Neste sentido, você tem que trabalhar ainda mais, pois o resultado só depende de você. As vendas online são boas, mas nosso foco com certeza é a estrada.
Poucas bandas brasileiras de metal extremo vivem exclusivamente da própria banda. Levando em consideração que ter uma banda e se dedicar a empregos paralelos pressupõe abrir mão de uma série de coisas, como tem sido a reação dos familiares da banda perante as atividades que vocês exercem com a mesma?
Caio – Se dedicar a uma banda realmente não permite que você possua um emprego tradicional. Desde o início a banda foi o nosso foco e dedicamos nossas energias a fazê-la crescer cada vez mais. Entretanto, quando não estamos em turnê, cada um de nós atua em uma outra área relacionada à música. O Paulo e o Jonathan, por exemplo, possuem uma agência de booking para bandas que queiram excursionar pela Europa ou América do Sul e eu produzo e gravo bandas no estúdio Tellus Studio, aqui no Rio de Janeiro. Nossos familiares entendem que somos batalhadores e sempre nos apoiaram.
Qual o seu principal conselho para uma banda nova?
Caio – Dedique-se, acredite no seu sonho e crie músicas que farão a diferença. Pense grande!
Estamos chegando ao término da entrevista e lhe agradeço pela atenção, Caio. Para encerrar, você tem alguma mensagem para os leitores?
Caio – Em primeiro lugar, obrigado Carlos e Roadie Metal pela oportunidade! Esse ano vamos continuar com a “Narcohell tour”, mas em breve começaremos um novo capítulo na história do LAC. Fiquem ligados nos nossos canais oficiais! \m/